Carteiras BNC e Proof



Nesta secção, encontrará todas as informações sobre as carteiras oficiais em Euro, BNC e Proof : fotos, quantidades de emissão, preço de emissão, cotações, comentários etc.

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As carteiras para coleccionadores

Nas páginas seguintes, apresentamos, para cada país, a lista das carteiras oficiais emitidas em BNC, FDC, UNC e Proof. Convém, antes de mais, esclarecer estes termos : BNC, para Brilhante Não Circulado (conhecido no inglês e francês como BU) cujos institutos fornecem com a certeza de se tratarem de moedas novas, fabricadas nas mesmas máquinas e à mesma cadência das moedas normais de circulação. A FDC para Flor De Cunho encarrega "teoricamente" as casas de cunho a proceder ao fabrico de moedas na mais alta qualidade numismática. Em França, a Monnaie de Paris acabou com o FDC a partir de 1991 ( e os primeiros BNC aparecerem em 1984). Em alguns países, não há muita distinção, ficando ao critério de cada Instituto a responsabilidade de garantir a qualidade a dar às suas carteiras. Assim temos, nos casos raros de países como a Bélgica ou São-Marino, que apelidam as suas moedas de FDC, sem que a qualidade chegue a esse ponto muitas vezes ! Em outro lado, nota-se que a Áustria tem nas suas carteiras, uma qualidade de moedas soberbamente cunhadas, e nesse caso, poderíamos chamar de FDC as moedas aí feitas. Nas páginas seguintes, apresentamos nas qualidades BNC / FDC todas as carteiras com moedas novas, cunhadas com o objectivo de dar prazer aos coleccionadores. Preço médio das carteiras BNC quando emitidas : 18,40 €.

Algumas carteiras UNC são também aqui referenciadas . UNC, do inglês UNCirculated, corresponde à moedas que nunca circularam, mas que foram emitidas para circular em rolos ou em sacos. Como tal, e tendo como exemplo a carteira franco-alemã « 40 anos do tratado do Eliseu », que foi em parte, concebida na Alemanha e na França; sabe-se que as moedas inseridas nessas carteiras eram normais de circulação e posterioramente postas nessas carteiras. A qualidade BNC  (e menos ainda a FDC) não pode ser atribuida, mas fica nomeada com as carteiras BNC/ FDC com uma pequena nota na página da descrição.

Para as carteiras BNC e UNC, indicamos uma cotação dita « 2a escolha » :  é a cotação de série, sem a carteira, no seu estado de origem. Assim, uma carteira ligeiramente estragada, terá uma cotação,  mais baixa que uma carteira nova, mas sempre melhor que uma « segunda escolha», uma carteira BNC, cortada en dois (que perde todo seu interesse) poderá ser considerado como uma série de moedas em qualidade FDC (ou SPL 63 segundo o pais) e terá então a cotação de « segunda escolha».

A qualidade Proof é Prova no inglês, e PP (Polierte Platte) no alemão. Estas moedas são consideradas em muitos países como « medalhas » . É por isso, que as moedas Proof não estão juntos às moedas de circulação. As moedas têm uma cunhagem especial, com uma verificação durante e após fabrico, uma a uma, denotando um aspecto tipo espelhado ! Os erros nestas moedas são raríssimos... Para estas colecções, fizemos uma tabela à parte, por cada pais. Preço médio de uma moeda Proof sem medalha em ouro, à saída: 33,00 €

 

Oficiais ou não?

As carteiras oficiais devem ser emitidas pelos governos ou pelos institutos monetários, por sua própria conta. Apartir de 2002, um número extraordinário de séries de fabrico não oficiais foram emitidas para a comercialização, e que nós aqui estabelecemos, numa hierarquia de "quase oficial" (B) ao "totalmente privado e inventado" (Z). Incluímos a cotação no €4 todas as carteiras estritamente oficiais (A) e "menos oficiais" mas mesmo assim, muito consideradas pelos coleccionadores, com uma importância quase igual às emissões de classe A.

A - As carteiras anuais emitidas por um Instituto, ou carteiras com "temas" decidido, fabricado e vendido pelos Institutos (tal como as 20 x 500 carteiras emitidas todos os anos pela Monnaie de Paris).

B - as séries de moedas BNC pedidas a um instituto monetário por uma administração do Estado que pretende oferecer ao seu pessoal (como exemplo, as 500 séries Alemanha 2002, em carteiras de plástico BNC, acondicionadas pelo Instituto monetário alemão, oferecidas pelo Bundestag aos seus empregados).

C - as séries encomendadas por um outro instituto monetário com peças obtidas no Banco para responder a uma procura comercial (exemplo, a série "BNC da Grécia 2002" feita com o acordo da Grécia pela Moeda de Holanda).

D - as séries "standard" em carteira de plástico, encomendada a um instituto monetário ou a um fabricante privado por uma cidade ou região que comemora um evento ligado ou não ao euro (exemplo, as carteiras "Berlim", "Francforte" ou "Altdorf" em Alemanha).

E - as séries de moedas BNC encomandadas a um instituo monetário por uma firma privada que pretende oferecer ao seu pessoal (exemplo as 500 séries Alemanha 2002 em carteiras BNC, acondicionadas pelo Instituto monetário alemão, oferecidas pela firma Bergman aos seus empregados ou ainda as carteiras "região" comercializadas em França desde 2006)

A partir de este nível de "quase-oficial", passamos rapidamente para o tipo de carteiras que à vista do coleccionador deveria, automaticamente, notar-se que não se trata de uma carteira oficial. Estes tipos não estão assinalados no nosso catálogo on-line :

Q - As séries reconstituídas fora do instituto monetário, assim como as moedas obtidas à banca para responder a um pedido comercial (exemplo, uma série BNC do Mónaco 2003, completada com as moedas francesas de 1, 2 e 5 cent, numa carteira, com um belo vermelho "monagalesco", vista no mercado a um preço elevado, assegurando que só foram cunhadas  1 000 exemplares, Assim a série BNC do Mónaco "oficial" de 2003 não existe !) 
As séries podem também ser condicionadas  sem pretenção de "BNC", simplemente para presentear a série completa aos  coleccionadores, sem  mais gastos suplementares ligados à sua apresentação (é o caso das carteiras "Mietens" ou das séries do Vaticano reconstituidas a partir das 13 000 séries cunhadas, mas não foram vendidas nas carteiras oficiais). Entendido, esta ideia é excelente para fornecer, ao preço das moedas correntes , as séries completas aos coleccionadores, mas estas carteiras não devem de alguma maneira serem confundidas com as séries oficiais emitidas pelos Estados e devidamente controladas.

Até agora, as moedas incluídas são autênticas e oficiais, apenas a embalagem não é.
A partir daqui, os objectos monétiformes contidos nas carteiras não serão mais oficiais. A este respeito deve notar-se que a efígie dos soberanos ou presidentes  é muito pública - como não se usa um trabalho realizado por outrem e não há utilização insultante ou degradante : você pode desenhar, você mesmo, futuramente, a Rainha da Inglaterra nas suas chapas, ninguém encontrará  aí qualquer falha, mesmo que a proponha à venda , a titulo pessoal.
Isto segnifica, então, que a presença de Jean-Paul II, de Bento XVI ou de Elisabeth II, não é de alguma maneira uma garantia que o objeto é oficial ! Você vai notar também que este tipo de séries evita, cuidadosamente, a utilização da símbolo "€" ou da palavra "euro", aí  colocados, e substituí-os , normalmente, por "E", cuja utilização é , evidentemente, livre, o alfabeto é público.

U - "ensaios" ou " projectos" cunhados por um Instituto oficial a pedido privado (por exemplo os "ensaios do euro de 1995" cunhados pela casa da Moeda da Bélgica).

X - A série composta por medalhas tendo a aparência de ensaios, de projectos, por um país, antes da cunhagem das moedas normais em euros (exemplo, os "ensaios" do  Vaticano, de fabrico exclusivamente privado).

Y - A série composta de medalhas tendo a aparência de ensaios, de projectos, por um país que não tem moedas normais em euro cunhadas (exemplo, as séries Inglesas e Dinamarquesas, de fabrico exclusivamente privado, muito longe do modelo).

Z - A série de moedas inventadas por um país que não existe, como os micro Principados não reconhecidos

Você pode localizar nesta escala a fronteira que deseja para a sua colecção sem esquecer que pode perfeitamente comprar uma série não oficial porque ela é bela, porque lhe agrada ou lhe toca. Em contraste, a grande maioria dos coleccionadores só procura as séries oficiais, não compre para especular...
Lembre-se que a diferença fundamental entre os dois tipos de séries, é não só a  qualidade das moedas incluídas, mas também a quantidade cunhada e a garantia do emissor. Pode esperar-se que um Estado cumpra a sua palavra e honre os seus compromissos e não vai emitir , seja qual for o pedido, mais séries que as previstas. Porém, não podemos estar certos do mesmo dos fabricantes privados, especialmente na medida em que estes, na maioria das vezes,  não indicam as quantidades limitadas , para cada série. O termo  "quantidade limitada" não segnifica nada enquando não sabemos qual o total da emissão...

O mesmo reparo para as variedades e erros contidos nas séries privadas. Já vimos na época dos ECUS e Euros de cidade, Em França, fabricantes gananciosos criarem voluntariamente  erros nas suas moedas (erros ortográficos, metal diferente... a imaginação não tem limites). É preciso verificar, cuidadosamente , se o se o erro é ou não "involuntário" e não é intencional. Desconfie, também, dos nomes que possam induzir em erros os compradores mal informados, como MdC ao lado de FDC, dum significativo "Moedas de Circulação", de moedas  completamente normais, um outro "Flor de Cunho", a mais alta qualidade numismática.

Simplificando : o que nós reportamos é oficial sem qualquer discussão. Para o resto, sede prudentes, se vos dá prazer  e o coração aconselha... , mas nunca confundir oficial com privado.



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Última actualização 17/12/2010
por Alberto MARTINS CARDOSO